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  • Dernière connexion: Il y a 30 jours
  • Genre: Femme
  • Lieu: Brasil
  • Contribution Points: 5 LV1
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  • Date d'inscription: novembre 20, 2020
Youth of May korean drama review
Complété
Youth of May
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by Moon Prix
juin 6, 2023
12 épisodes vus sur 12
Complété
Globalement 10
Histoire 10.0
Jeu d'acteur/Casting 10.0
Musique 10.0
Degrés de Re-visionnage 10.0

eu realemnte amei ate pelo fato do ponto historico que foi muito bem pincelado

Hwang Hee Tae é um jovem, aspirante a médico, que odeia tudo o que é previsível, e logo filho fora do casamento ( amante) não tem um lugar de privilegio na familia, e de fato gera uma bagunça porque por ser o mais velho , o irmão cacula a caba sofrendo assim como a mae / madrastra o julgo da socieldade a passando por amante quando a mesma é a esposa oficial . Por algum motivo que não lembro agora ele voltou para casa e que inferno o pai dele, credo. Mas tudo que acontece no entorno dos personagem levam a um evento de manisfestações na Coreia do Sul naquela epoca. O jovem medico que teve sua vida impactada por um acontecimento que o traumatizou durante um dos protestos contra o governo, em meio a uma troca de favores entre amigas acaba conhecendo Kim Myung Hee, uma jovem enfermeira , pobre e super profissional que so queria o melhor para sua carreiara para poder cuidar do irmaozinho, onde em meio a tantos problemas se apaixonam perdidamente.

Em meios aos problemas da epoca da ditadura sul coreana e em primeiro plano retratando os protestos de jovens nas ruas, sequestros, torturas e matança de quem se opunha ao governo, um breve resumo histórico, na data de 18 de maio de 1980, o heroico povo sul-coreano pegou em armas para se opor ao morticínio do regime militar-fascista de Chun Doo Hwan, patrocinado pelo imperialismo ianque. Sob pretexto de “combater o comunismo” e as chamadas “rebeliões pró-Coreia do Norte”, o regime de Chun Doo Hwan enviava suas tropas, tanques e até mesmo aviões militares para ocupar os campi das principais universidades da Coreia do sul, reprimindo o combativo movimento estudantil sul-coreano que se mobilizava em defesa da plena democratização da Coreia do Sul, pela revogação das leis fascistas, e parte expressiva deste movimento estudantil compartilhava de uma visão consequentemente anti-imperialista, reivindicando a retirada das tropas ocupantes norte-americanas do país e a reunificação nacional com o Norte socialista.

Na cidade de Gwangju (província de Cholla do Sul), as hordas do regime de Chun Doo Hwan, insanas e descarregando o ódio mais animalesco por meio de prisões, espancamentos de estudantes até a morte, fuzilamentos indiscriminados contra a população comum, invasão de casas e propriedades, estupros, abortos forçados contra mulheres grávidas, dentre demais barbaridades, os fascistas logo tiveram a resposta do povo: enquanto, inicialmente, o perfil dos manifestantes contra os arbitrariedades das tropas de Chun Doo Hwan era composto basicamente por estudantes, pouco a pouco a população comum passa a compor a esmagadora maioria nos protestos, que assumem um caráter cada vez mais radical. As massas de Gwangju não aceitam passivamente as humilhações e assassinatos diários de seus pais, mães, filhos e amigos queridos. A partir de manifestantes que já haviam servido no exército reacionário sul-coreano, não foi difícil para que o povo invadisse em massa depósitos de armas do governo – dado que as tropas se encontravam mobilizadas em sua esmagadora maioria para a repressão nas ruas –, rendendo e executando oficiais, expropriando armas para a formação do que viria a ser o Exército Civil.

A luta armada em Gwangju duraria cerca de dez dias. Neste meio tempo, as massas armadas lograriam expulsar as tropas de Chun Doo Hwan e manter o controle da cidade, construindo um quartel-general no que era anteriormente a Prefeitura Municipal de Gwangju. Estando as massas de Gwangju, porém, isoladas, sem uma perspectiva política unificada entre os diferentes setores do movimento popular, sem o apoio e a organização das massas no restante do país e sem a experiência militar devida, o cerco do regime de Chun Doo Hwan sobre a cidade, bloqueando-a e esgotando-a por meio do corte de fornecimentos de alimentos, combustíveis e demais suprimentos, termina por impor uma derrota à heroica resistência de Gwangju, num massacre cujos números são altamente controversos, com muitos avaliando em pelo menos dois a cinco mil mortos pelo regime.
Parece curioso usarmos termos como “fascismo”, “mortes”, “espancamentos”, “luta pela democracia” ou demais para caracterizarmos o regime sul-coreano, numa época em que todas estas palavras são atribuídas à Coreia do norte socialista. É possível que a esmagadora maioria da esquerda brasileira, em quase sua totalidade, jamais tenha ouvido falar do que foi o Levante de Gwangju, uma verdadeira Comuna de Paris do povo sul-coreano, que se levantou em armas contra seus exploradores e opressores. Fazemos parte de uma geração à qual foi negada o direito de conhecer a história de luta dos povos do mundo, as guerras de resistência e a verdade sobre quem se coloca realmente ao lado do fascismo, e quem se põe pela democracia e o progresso social. Isso é particularmente verdadeiro no caso de Gwangju, o massacre esquecido do fascismo sul-coreano.
Ademais, a luta do povo sul-coreano nem de longe se limita ao Levante de Gwangju. Ao contrário, desde sua fundação no ano de 1948 pela criminosa ocupação dos Estados Unidos, o sul da Península foi e é palco de intensas lutas populares contra a repressão política criminosa, que acompanha toda a sua história.
Portanto, na data em que se marca os 40 anos do início da resistência de Gwangju, pensamos ser pertinente, como forma de homenagear as massas sul-coreanas em luta, traçar um breve histórico de sua resistência contra o imperialismo norte-americano e a reação local. Esperamos contribuir para que os brasileiros desenvolvam ainda mais seus sentimentos internacionalistas para com as lutas de libertação nacional.

A ocupação dos Estados Unidos na Coreia do sul e o estabelecimento de um regime fantoche
Antes de entrarmos propriamente no Levante de Gwangju, traçaremos uma apresentação do desenvolvimento do regime neocolonial vigente na Coreia do Sul, que viveu durante anos sob a tutela de um regime militar fascista apoiado pelos Estados Unidos.


Desde a libertação da Coreia do jugo do imperialismo japonês, no ano de 1945, a parte sul da península vive sob a ocupação militar dos Estados Unidos, que, no contexto da Guerra Fria, promoveu o anticomunismo e o fascismo, como forma de conter a ascensão das lutas operárias e populares do povo sul-coreano, e que inspirado no exemplo do que ocorria na Coreia do norte, exigia a construção de um Estado democrático, progressista e soberano.

Após uma longa guerra de libertação contra o Japão, o norte da península coreana foi libertado do imperialismo japonês pelas ações conjuntas do Exército Popular Revolucionário da Coreia, dirigido por Kim Il Sung, e do Exército Vermelho soviético. Os Estados Unidos esperavam que, com a rendição do Japão, poderiam assim passar a ocupar todo o território coreano. Vendo o avanço fulminante das forças guerrilheiras, junto com o Exército Vermelho, os imperialistas norte-americanos propuseram o estabelecimento do Paralelo 38, que cortou a península coreana ao meio e viria a sacramentar, em breve, a histórica divisão entre “Coreia do Norte” e “Coreia do Sul”.

Os Estados Unidos estacionariam suas tropas no sul da península apenas algumas semanas após a libertação do país, sem terem fornecido qualquer contribuição efetiva para a expulsão das forças japonesas da Coreia. Uma das primeiras medidas tomadas pelos militares ianques foi a dissolução forçada dos comitês populares, colocando à frente do poder político figuras ligadas à antiga administração colonial e até mesmo ao imperialismo japonês. Na parte norte da península, a revolução democrática, anti-imperialista e antifeudal avançava com ímpeto, servindo como sólida base para o estabelecimento de um Estado unificado, democrático e próspero.

É importante destacarmos que os Estados Unidos, desde que chegaram no sul da península coreana, jamais cumpriram qualquer papel minimamente progressista. Antes mesmo da chegada dos ocupantes norte-americanos, as massas sul-coreanas haviam estabelecido a República Popular da Coreia: tentativa de construção de um novo Estado, que se apoiava nos comitês populares locais. A política de repressão e supressão praticada pelos Estados Unidos no sul da Coreia foi completamente diferente daquela aplicada pelos soviéticos no Norte, onde os comitês populares foram reconhecidos, e as atividade dos partidos democráticos eram realizadas normalmente.

Ao chegar no país, os Estados Unidos logo trataram de acabar com tal experiência, dissolvendo a República Popular da Coreia, prendendo e perseguindo seus principais líderes.

Desde o começo, os Estados Unidos trataram de impor ao país uma administração de tipo militar e neocolonial, passando a controlar a Coreia do Sul política, cultural e economicamente. No ano de 1946, para tentarem legitimar sua administração militar, trouxeram dos Estados Unidos aquele que seria o primeiro ditador da futura república fantoche: Syngman Rhee (ou Ri Sin Man). Syngman Rhe era uma figura historicamente pró-norte-americana, que havia se exilado nos Estados Unidos no ano de 1904, sendo nomeado posteriormente como presidente de uma autoproclamada “Assembleia Democrática da Coreia do Sul”, em 1947, seria renomeada como “Assembleia Legislativa Interina”.

Durante certo período, os Estados Unidos a União Soviética realizaram diversas conversas para estabelecerem uma solução para o problema da divisão da Coreia. De acordo com a jornalista Anna Louise Strong:

“Por dois anos, essas conversas só contribuíram para aumentar a amargura. Os americanos insistiram em incluir no governo provisório os colaboradores pró-japoneses e os exilados que regressaram. Os russos recusaram. Os russos insistiram em incluir representantes dos sindicatos, das organizaçõs camponesas e outras semelhantes. Os EUA não quiseram ouvir falar sobre isso.

Por fim, os soviéticos acabaram por propor que ambos os países se retirassem da Coreia – o que foi cumprido pela parte soviética em dezembro de 1948 – proposta obviamente rechaçada pelos imperialistas norte-americanos.” [1]

Em 1948, os Estados Unidos promoveram um processo eleitoral farsante, que iria culminar posteriormente na fundação da “República da Coreia”, um Estado fantoche controlado pelos Estados Unidos. Os Estados Unidos, ainda em 1947, aproveitaram-se de sua hegemonia nas Nações Unidas para aprovar uma resolução que desse guarida a realização de eleições. Dessa resolução, surgiu a chamada Comissão Temporária das Nações Unidas para a Coreia, que se encarregaria de organizar a farsa eleitoral. A parte norte da península coreana, obviamente, não tomou parte no processo.

A realização de eleições separadas foi alvo de intenso repúdio por amplos setores das massas coreanas, que viam na medida uma tentativa de perpetuar a divisão da península. Mesmo antes da realização do processo eleitoral farsante, já havia o entendimento de que os Estados Unidos e os reacionários sul-coreanos visavam realizar eleições de tal tipo. Em todo o território da Coreia do Sul, eclodiram revoltas contra o imperialismo norte-americano.

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